domingo, dezembro 31, 2006
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sábado, dezembro 23, 2006
terça-feira, dezembro 19, 2006
domingo, dezembro 17, 2006
Feliz Natal
Auto de Natal das crianças da catequese - Paróquia da Lombada (Santa Cruz)
O Natal presente
Natal envolve-nos tanto,
porque no olhar frágil e terno de Jesus-Menino
reencontramo-nos a nós próprios e sentimos, mais profundamente,
aquilo que a nossa vida é chamada a ser.
Ao olhar de um adulto facilmente conseguimos escapar.
Mas quando este Deus-Criança nos olha,
a verdade é que ficamos desarmados,
desarrumados nas nossas certezas,
pois percebemos que temos andado longe, adiado e complicado
o segredo da vida, que afinal é tão simples.
O segredo que diz: «Podes nascer (re-nascer) hoje.
Deixa que Jesus acorde em ti a música adormecida do Amor».
Pois, não o esqueçamos: o verdadeiro presente do Natal é tornar o Natal presente.
O Natal presente
Natal envolve-nos tanto,
porque no olhar frágil e terno de Jesus-Menino
reencontramo-nos a nós próprios e sentimos, mais profundamente,
aquilo que a nossa vida é chamada a ser.
Ao olhar de um adulto facilmente conseguimos escapar.
Mas quando este Deus-Criança nos olha,
a verdade é que ficamos desarmados,
desarrumados nas nossas certezas,
pois percebemos que temos andado longe, adiado e complicado
o segredo da vida, que afinal é tão simples.
O segredo que diz: «Podes nascer (re-nascer) hoje.
Deixa que Jesus acorde em ti a música adormecida do Amor».
Pois, não o esqueçamos: o verdadeiro presente do Natal é tornar o Natal presente.
José Tolentino Mendonça
quinta-feira, dezembro 14, 2006
quarta-feira, dezembro 13, 2006
segunda-feira, dezembro 11, 2006
domingo, dezembro 10, 2006
Ave, Maria
Tu, grande Ser,
Voltas pequeno ao mundo.
Não deixas nunca de nascer !
Com braços, pernas, mãos, olhos, semblante,
Voz de menino.
Humano o corpo e o coração divino
Natal... Natais...
Tantos vieram e se foram !
Quantos ainda verei mais ?
Em cada estrela sempre pomos a esperança
De que ela seja mensageira,
E a sua chama azul encha de luz a terra inteira.
Em cada vela acesa, cada casa, pressentimos
Como um anúncio de alvorada;
E em cada árvore de estrada
Um ramo de oliveira;
E em cada gruta o abrigo da criança omnipotente;
E no fragor do vento falas de anjo, e no vácuo
De silêncio da noite Estriada de súbitos clarões,
A presença de Alguém cuja forma é precária
E a sua essência, eterna.
Natal... Natais...
Tantos vieram e se foram !
Quantos ainda verei mais ?
Cabral do Nascimento
Ver o Natal Madeirense: http://www.ceha-madeira.net/natal/festa.html
sábado, dezembro 09, 2006
sexta-feira, dezembro 08, 2006
quarta-feira, dezembro 06, 2006
terça-feira, dezembro 05, 2006
segunda-feira, dezembro 04, 2006
domingo, dezembro 03, 2006
O navio de espelhos
O navio de espelhos
O navio de espelhos
não navega cavalga
Seu mar é a floresta
que lhe serve de nível
Ao crepúsculo espelha
sol e lua nos flancos
Por isso o tempo gosta
de deitar-se com ele
Os armadores não amam
a sua rota clara
(Vista do movimento
dir-se-ia que pára)
Quando chega à cidade
nenhum cais o abriga
O seu porão traz nada
nada leva à partida
Vozes e ar pesado
é tudo o que transporta
(E no mastro espelhado
uma espécie de porta)
Seus dez mil capitães
têm o mesmo rosto
A mesma cinta escura
o mesmo grau e posto
Quando um se revolta
há dez mil insurrectos
(Como os olhos da mosca
reflectem os objectos)
E quando um deles ala
o corpo sobre os mastros
e escruta o mar do fundo
Toda a nave cavalga
(como no espaço os astros)
Do princípio do mundo
até ao fim do mundo
Mário Cesariny
sábado, dezembro 02, 2006
sexta-feira, dezembro 01, 2006
1º de Dezembro de 1640
Ao bater das nove horas abrem-se as portinholas dos coches, saltam os fidalgos o sobem de corrida as escadas do paço. Investem pela sala da guarda, apanhando os soldados de surpresa. Um deles, assomando-se à varanda do palácio gritou: «Liberdade! Liberdade!
Viva el-rei D. João IV! O duque de Bragança é o nosso legítimo rei!»
Chegaram finalmente os conspiradores à porta dos aposentos de Miguel de Vasconcelos. Vendo que a porta não se abria, começaram a despedaçá-la com machados. Miguel de Vasconcelos, sentindo a morte próxima, escondeu-se dentro de um armário. Descoberto, uns desfecharam contra ele as pistolas, outros atravessaram-no com as espadas. Uns criados, mal o viram cair no chão, arremessaram-no por uma janela.
Rebelo da Silva, História de Portugal nos séculos XVII e XVIII (adaptado)
A Banda Municipal de Santa Cruz, (Fundada em 08 de Dezembro de 1887), tem por tradição festejar o Dia da Restauração - em parceria com o Município, Junta de Freguesia e Casa do Povo.
Saindo da sua sede pelas 6h da manhã, percorre as ruas da Cidade tocando o Hino da Restauração (havendo um simulacro da tomada do paço na Câmara Municipal) e termina com um convívio com toda a população que tomou parte neste evento.
HINO DA RESTAURAÇÃO
Portugueses celebremos
O dia da redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação
A fé dos Campos de Ourique
Coragem e valor
Aos famosos de 40
Que lutaram com ardor
Prá frente
Prá frente
Repetir saberemos
As proezas portuguesas
Avante, avante
É a voz que soará triunfal
Vá avante mocidade
De Potrugal - bis
Saindo da sua sede pelas 6h da manhã, percorre as ruas da Cidade tocando o Hino da Restauração (havendo um simulacro da tomada do paço na Câmara Municipal) e termina com um convívio com toda a população que tomou parte neste evento.
HINO DA RESTAURAÇÃO
Portugueses celebremos
O dia da redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação
A fé dos Campos de Ourique
Coragem e valor
Aos famosos de 40
Que lutaram com ardor
Prá frente
Prá frente
Repetir saberemos
As proezas portuguesas
Avante, avante
É a voz que soará triunfal
Vá avante mocidade
De Potrugal - bis
quinta-feira, novembro 30, 2006
quarta-feira, novembro 29, 2006
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"Doce"
segunda-feira, novembro 27, 2006
domingo, novembro 26, 2006
ACR
sábado, novembro 25, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
Rómulo de Carvalho
Pedra filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso,
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos,
que em oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho alacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que foça através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão de átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que o homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso,
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos,
que em oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho alacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que foça através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão de átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que o homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
quinta-feira, novembro 23, 2006
Viagens
Viagem
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura.
O que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura.
O que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga
quarta-feira, novembro 22, 2006
Cogumelo
Bucólica
A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;
De casas de moradia
Caídas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;
De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.
Miguel Torga
terça-feira, novembro 21, 2006
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